Em entrevista ao site Los Angeles Times, o cineasta Quentin Tarantino falou sobre seu novo livro “Cinema Speculation”, recentemente lançado ao público. No bate-papo, Tarantino revelou que a ideia de dirigir um filme de super-herói não é atraente, por não desejar ser “contratado”.

No livro, Tarantino aborda os autores anti-establishment dos anos 60 e afirma que se alegra ao pensar que as adaptações musicais dos estúdios caíram em desuso no período. Segundo o diretor, os cineastas atuais “mal podem esperar pelo dia em que podem dizer isso sobre filmes de super-heróis”.

publicidade
Imagem: Reprodução/Divulgação
Imagem: Reprodução/Divulgação

“A analogia funciona porque é um forma semelhante de sufocar cineastas”, disse Tarantino, que também opinou sobre o momento em que essa mudança poderia ser visível. “A escrita ainda não está bem definida do jeito que estava em 1969, quando era ‘Meu Deus, nós acabamos de colocar um monte de dinheiro em coisas que ninguém dá a mínima mais'”, completou.

Depois disso, Tarantino é perguntado sobre os filmes lançados pela Marvel e a DC Comics e questionado se algum dia toparia dirigir uma história de super-heróis no cinema. O diretor indicou que não pensa em algum projeto desse tipo.

“Você precisa ser contratado para fazer essas coisas”, afirma Tarantino. “Eu não sou um contratado. Não estou procurando emprego”, acrescentou. Curiosamente, foi o diretor que teve a ideia, antes de ser descartada, de um filme sobre Luke Cage nos anos 90 e queria Laurence Fishburne no papel principal – o ator logo depois ficou mundialmente famoso devido ao personagem Morpheus nos filmes de “Matrix”.

Leia mais:

O próximo projeto cinematográfico de Quentin Tarantino permanece em mistério e é alvo de especulações principalmente devido à uma declaração antiga do diretor, onde ele afirma que se aposentaria após fazer 10 filmes. O seu último longa “Era Uma Vez em Hollywood” foi o nono da carreira e com isso, a próxima produção seria supostamente o desfecho do cineasta nos cinemas.

No livro “Cinema Speculation”, o diretor de “Bastardos Inglórios” e “Kill Bill” escreve sobre críticas e teorias cinematográficas, além de suas histórias e análises envolvendo filmes norte-americanos da década de 60 e 70.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Super Rich? Inscreva-se no canal!